segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ciências Cognitivas

As ciências cognitivas afirmaram-se com a construção de uma nova ciência dos fenômenos constitutivos dos aparelhos e os comportamentos psicobiológicos e das interações entre estes aparelhos e os comportamentos humanos ( no que se refere também as suas formas altamente simbólicas, tais como as linguagens e as culturas). Com o objetivo de compreender a inteligência humana, as ciências cognitivas têm a finalidade de descreve, explicar, e , eventualmente, simular as principais disposições  e capacidades de espírito humano - linguagem, raciocínio, percepção, coordenação motora e planificação... O método aplicado é o de escrever programas que copiem e reproduzam os modos como o ser humano pensa, fala, compreende, aprende, procurando-se elaborar uma réplica da inteligência humana, o que sugere o caráter totalizante das ciências cognitivas. Ciências essas, que podem ser vistas como uma nova ciência do espírito, que para além da vertente científica e descritiva, não negligencia a vertente filosófica. No entanto, a relativamente recente evolução das ciências cognitivas dificulta a sua definição quer de um modo extensional, ou seja, segundo seus objetivos de estudo, quer de uma forma intencional (que considera as opções teóricas que elas sustentam de forma redutora quanto as capacidades humanas). No domínio das ciências cognitivas, uma definição é sempre uma problemática, que constitui a parte apaixonante e enriquecedor desde espaço de debates e reflexões . Assim, estas ciências, acabam por se tratar, muitas vezes de interrogações sobre o Homem que remontam mesmo aos primórdios da filosofia. Unidas pela preocupação comum com as relações espírito/cérebro, e com as modelizações possíveis desta relação, com a análise dos funcionamentos ai implicados, ou com as condutas daí derivadas, as disciplinas diretamente ligadas às ciências cognitivas são: as neurociências, a inteligência artificial, a filosofia, a psicologia e a linguística.